18 de maio de 2012

OS AGENTES DO DESTINO (2011)



 
Direção: George Nolfi
Elenco: Matt Damon, Emily Blunt, Anthony Mackie, John Slattery, Terence Stamp


Os críticos mais radicais e comerciais classificaram este Os Agentes do Destino como sendo o A Origem (2010) de 2011, mas esta obra de George Nolfi nada tem a ver com o filme de Christopher Nolan. É verdade que Os Agentes do Destino tem uma essência científica/futurista semelhante à de A Origem, mas, em última análise, este filme de George Nolfi é substancialmente mais fraco, no entanto, não é um mau filme, muito pelo contrário, é um thriller eficaz e cativante que se centra nos prós e contras do livre arbítrio e do controle institucional.


A sua história é centrada em David Norris (Matt Damon), um ambicioso político norte-americano que tem um curto, porém maravilhoso, encontro com uma bela bailarina, Elise Sellas (Emily Blunt), na noite em que perde a corrida ao Senado. O seu encontro acaba resultando num amor à primeira vista que leva David a tentar conhecer melhor Elise, uma tentativa que é constantemente frustrada por misteriosos homens que tentam afastá-los, homens esses que pertencem ao Adjustment Bureau (Agentes do Destino), uma entidade secreta que controla os destinos de várias pessoas influentes da sociedade norte-americana e que não quer que David e Elise se transformem num casal, pois seu relacionamento poderá por um fim à promissora carreira política de David que, em última análise, será forçado a escolher entre Elise e sua carreira.


Os Agentes do Destino tem uma história claramente ficcional, porém abordando uma série de problemáticas atuais, sendo o principal relacionado à volta do livre arbítrio e da sua importância numa sociedade cada vez mais controladora, uma sociedade que é aqui representada pelos Agentes do Destino (Adjustment Bureau), uma entidade utiliza meios futuristas e sobrenaturais para controlar os destinos de indivíduos que eles consideram ser fundamentais para o crescimento dos Estados Unidos da América, um controle que não é autorizado por esses indivíduos que vivem, sem saberem, sob a sua direção.


  David Norris é um desses indivíduos que descobre acidentalmente que a sua vida política e pessoal é controlada por esta entidade que o impede de se relacionar com Elise sob pena de ver a sua promissora carreira política cair por terra. É a partir deste momento que David inicia uma duradoura batalha contra o sistema/controle institucional para recuperar o seu livre arbítrio, uma batalha que a um nível secundário leva a outra batalha entre o Amor (Elise) e o Destino (Futuro Político). O final de Os Agentes do Destino confirma a vitória da liberdade e do amor, uma vitória previsível, mas demasiadamente fácil tendo em conta o poderio dos “vilões” que acabam aceitando que David e Elise merecem viver o seu amor e fazer as suas próprias escolhas mesmo que estas afetem seriamente o seu percurso profissional. 


O cineasta estreante George Nolfi apresenta com este Os Agentes do Destino um bom primeiro filme que poderá simbolizar o início de uma brilhante carreira. Temos que dar crédito a Nolfi por ter criado um filme que mantém um ritmo acelerado e um ambiente tenso até final, características essenciais num thriller intelectual. O nível técnico de Os Agentes do Destino também é muito elevado, sendo a trilha sonora de Thomas Newman o elemento que mais se destaca, no entanto, não está ao nível da criada por Hans Zimmer em A Origem, essa sim uma trilha sonora perfeita para um thriller intelectual. O seu elenco também está muito bem, Matt Damon e Emily Blunt têm uma excelente química entre si e oferece-nos performances muito credíveis e realistas. A nível secundário, Anthony Mackie tem uma boa performance como Harry Mitchell, um membro ativo dos Agentes do Destino e maior aliado de David Norris na sua luta contra o Bureau. Os Agentes do Destino não é A Origem, mas é, ainda assim, um bom filme que deverá entreter todos aqueles que apreciem filmes tensos e tematicamente fortes.


TRAILER:




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7 de maio de 2012

PODER SEM LIMITES (2012)




Direção: Josh Trank
Elenco: Dane DeHaan, Alex Russel, Michael B. Jordan, Michael Kelly


Muito daquilo que se pode escrever sobre este filme, já vimos em outros filmes que envolvem super-heróis e o mundo fantástico dos poderes especiais. O fio narrativo é simples e não tem muito que enganar. Andrew (Dane DeHaan) é o típico rapaz que é rechaçado pelos outros adolescentes, sem nenhuma razão aparente. A sua vida é um inferno e ele não sabe para onde se virar. Na escola, todos debocham dele e ninguém se arrisca a ajudá-lo. Em casa, o pai reformado por invalidez está sempre embriagado, tornando sua vida repleta de cenas de brigas e de discussões constantes. E para dificultar ainda mais as coisas, a mãe – seu único suporte emocional – encontra-se às portas da morte, com uma doença que nem lhe permite levantar-se da cama. Graças a este cenário de completa escuridão, Andrew desenvolve uma personalidade reservada e pouco dada a amizades, buscando numa câmara de vídeo a única escapatória possível para todos seus problemas.


Porém, tudo se altera quando ele, o primo Matt (Alex Russel) e o popular Steve (Michael B. Jordan) se deparam com uma descoberta inusitada: um grande buraco no chão da floresta, que emite estranhas sonoridades e luzes. O trio de rapazes decide investigar os seus segredos. No interior do buraco, descobrem um objeto bizarro, supostamente alienígena, que lhes concede poderes extraordinários. De repente, Andrew, Matt e Steve são capazes de voar e de mover diferentes objetos com o poder da mente. E isso faz com que eles se divirtam inconsequentemente, fazendo pouco das pessoas que os rodeiam. Até o dia em que Andrew se deixa levar pelo ódio que carrega e seus dois amigos percebem que têm um grave problema para resolver…
  

A Bruxa de Blair (1999), [REC] (2007) e Atividade Paranormal (2007) já haviam demonstrado que a abordagem ao estilo de filme caseiro encaixava-se como uma luva no gênero cinematográfico do terror. Cloverfield (2008) comprovou que ela podia ser alastrada ao gênero do thriller. Porém, Poder Sem Limites não consegue atestar que este estilo pode ser reproduzido com sucesso no gênero de ação/aventura. De fato, o que estas películas têm de melhor é a forma como se servem de um realismo assombroso para envolver o espectador por inteiro na trama. No que diz respeito à Poder Sem Limites, a narrativa desenvolve-se muito rapidamente, fazendo com que as personagens passem do 8 ao 80 num piscar de olhos, o que afeta ligeiramente a credibilidade das mesmas. Por exemplo, a passagem para o lado negro de Andrew surge ante os nossos olhos de forma forçada e demasiadamente veloz, como se houvesse uma ânsia enorme de entrar no último terço da narrativa. Se analisarmos as coisas de forma fria e absolutamente racional, chegamos também à conclusão de que Poder Sem Limites não é um produto cinematográfico de uma profundidade estonteante, limitando-se a entreter o espectador com as desventuras de personagens majoritariamente previsíveis e unidimensionais.

 

Poder Sem Limites consegue, mesmo que superficialmente, criticar o sistema escolar norte-americano, mostrando a forma como a forma de agir de uns podem arruinar a vida de outros, deixando-lhes marcas irreversíveis. O espectador simpatiza de imediato com a personagem de DeHaan, torcendo pelo sucesso das suas ações, apesar de elas não serem propriamente aceitáveis. Somado tudo isto, podemos dizer que Poder Sem Limites não é uma obra-prima da Sétima Arte, mas está mais próxima de ser uma película juvenil e inconsequente, valendo a pena o deslocamento ao cinema apenas para os grandes fãs do gênero.


TRAILER:



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