10 de fevereiro de 2012

AMOR E OUTRAS DROGAS (2010)



Direção: Edward Zwick
Elenco: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Oliver Platt, Hank Azaria, Josh Gad


O competitivo e capitalista mundo das indústrias farmacêuticas serve como pano de fundo para a história romântica deste Amor e Outras Drogas, uma razoável comédia romântica com contornos dramáticos que se centra numa vertente romântica cativante e relativamente criativa, mas que também explora várias temáticas secundárias interessantes como as particularidades da indústria farmacêutica norte-americana ou os dramas/dificuldades que afetam as pessoas que convivem diariamente com a Doença de Parkinson ou com a Disfunção Erétil.


A história de Amor e Outras Drogas é centrada em Jamie Randall (Jake Gyllenhaal), um astuto vendedor farmacêutico que tem tanta sorte com as mulheres como tem com as vendas. Um dia, Jamie cruza caminho com Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma mulher fascinante com uma mente muito aberta que nunca se aproximou romanticamente de nenhum homem, mas que não resiste ao seu charme. Os dois iniciam um relacionamento inicialmente causal, mas que se transforma num relacionamento sério que é subitamente abalado por uma série de problemas pessoais que tanto afetam Jamie como Maggie e que poderão condenar o romance ao fracasso.


A sua história é claramente dominada pelo incandescente e inconstante romance entre Jamie e Maggie, um libertino e divertido casal que nos cativa facilmente com o seu humor inerente e com o seu tremendo desprendimento. O atribulado romance está condenado ao sucesso, no entanto, antes de um anunciado final feliz, este relacionamento passa por uma série de contrariedades, provocadas pela terrível enfermidade que afeta Maggie, uma doença extremamente debilitante que os leva a ponderar sobre o seu futuro como casal. Os dramas reais e inerentes à Doença de Parkinson são explorados com muita criatividade e sensibilidade por este enredo, no entanto, nunca é delineado um destino tenebroso ou dramático para quem sofre dela, muito pelo contrário, mostra-nos que apesar de ser um problema cerebral sem cura e altamente debilitante, não é necessariamente um sinônimo de infelicidade permanente, sendo perfeitamente possível fazer uma vida relativamente normal e cheia de momentos felizes.


O enredo de Amor e Outras Drogas vai além desta difícil temática e aborda outros temas menos dramáticos, assim sendo, mostra-nos como é que o Viagra revolucionou a vida sexual de milhares de homens em todo o mundo e como é que a indústria farmacêutica e os seus vendedores fazem dinheiro, recorrendo para isso a inúmeras táticas insensíveis e legalmente duvidosas que infelizmente ainda são utilizadas nos nossos dias, no entanto, estas duas temáticas controversas não são exploradas com tanto pormenor ou com tanta qualidade. Em suma, Amor e Outras Drogas é um filme que se centra essencialmente num romance, mas este é enriquecido por uma série de temáticas dramáticas e humorísticas que o rentabilizam e que transformam este filme numa comédia romântica mais interessante e criativa que se afasta claramente da maioria das comédias românticas norte-americanas.


O cineasta Edward Zwick criou uma obra interessante que se centra numa bonita e tocante história que certamente irá cativar e emocionar os espectadores mais sensíveis, no entanto, existem vários momentos que são excessivamente melodramáticos e que eram perfeitamente dispensáveis porque pouco acrescentam ao filme. A conclusão é que este é um filme perfeitamente expectável, no entanto, uma reviravolta final não teria ficado nada mal a esta obra. A nível técnico, Amor e Outras Drogas poderia ser melhor, sendo a sua trilha sonora o seu pior elemento porque para além de não ficar no ouvido, não é composta por muitos elementos sonoros que nos remetem aos anos noventa, aliás, em todo o filme, são poucas as referências culturais que são feitas aos anos noventa.


Este filme tem em Anne Hathaway o seu elemento de maior qualidade, com uma performance inspirada e equilibrada, e que assume as complicadas cenas dramáticas e sexuais com um à-vontade tremendo. O elenco secundário e Gyllenhaal são ofuscados, mas, ainda assim, somos presenteados com razoáveis performances de Oliver Platt e Hank Azaria. Amor e Outras Drogas é um bom filme que deve ser visto por quem aprecie uma boa história de amor, no entanto, é a atuação de Anne que faz valer as quase duas horas em frente à televisão.



TRAILER:



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