Direção: Rupert Wyatt
Elenco: James Franco, Andy Serkis, Freida Pinto, John Lithgow
A obra original desta franquia (com Charlton Heston encabeçando o elenco) estreou no longínquo ano de 1968 e depressa se tornou uma obra de culto. Depois de algumas sequências menos bem-sucedidas na década de 70, foi a vez de Tim Burton reinventar esta peculiar história de ficção-científica, no ano de 2001. A coisa também não correu lá muito bem, ficando para a História da Sétima Arte como um dos piores filmes do visionário diretor norte-americano. Dez anos mais tarde, surge uma nova tentativa de ressuscitar a franquia, desta vez sob a forma de prequel. De fato, mais do que as sequências, os prequels parecem ter invadido Hollywood nos últimos anos, dando novo significado ao termo remake. Depois de bem pouco tempo termos assistido ao renascimento da saga X-Men, assistimos agora à gênese dos macacos falantes. E a verdade é que a prequel desta franquia não embaraça os seus criadores originais.
Will Rodman (James Franco) é um cientista brilhante que vive atormentado pelo contínuo definhar do seu pai (John Lithgow), fruto da doença de Alzheimer. Com o objetivo de encontrar uma cura para essa doença, Will trabalha sem parar no produto AlZ-112. Antes da testagem em humanos, Will e a sua equipe elaboram uma testagem exaustiva em chimpanzés. E, em poucos dias, vêem que o medicamento faz efeito, eliminando todos os sintomas da doença. Porém, efeitos secundários que ninguém esperava manifestam-se igualmente: os primatas desenvolvem uma inteligência extraordinária, inteligência apenas comparada à dos humanos. Mas antes que se pudesse estudar este fenômeno a fundo, um incidente nas instalações laboratoriais faz com que todo o projeto seja cancelado, para grande pesar de Will e seus colaboradores. O presidente da empresa de engenharia genética ordena então o abate de todas as cobaias e todas são, de fato, abatidas. Bom… todas, menos uma. Caesar (interpretado por Andy Serkis através da tecnologia motion-capture, já utilizada em filmes como O Senhor dos Anéis (2001) ou Os Fantasmas de Scrooge (2009) – um chimpanzé bebê – é adotado em segredo por Will, que passa assim a observar o seu crescimento de bem perto, acabando desenvolvendo uma relação de amizade bastante forte com o símio. No entanto, o que Will desconhece é que está criando o futuro líder da revolução símia, uma revolução que irá mudar a face da Terra para sempre…
Todas as prequels possuem um sentimento de fatalismo que as torna deveras interessantes. O fato de o espectador já conhecer o que se vai passar no futuro permite-lhe observar todos os acontecimentos com outros olhos, formando-se certa sensação de cumplicidade entre a tela e a audiência, que eleva as qualidades da obra em questão e encobre os seus defeitos. Temos exemplos disso no recente X-Men: Primeira Classe (2011), com o espectador prestando muito mais atenção à relação entre Charles Xavier e Erik Lehnsherr, por saber que ambos vão se tornar arqui-inimigos. Temos isso, também, na segunda trilogia da saga Star Wars, onde acompanhamos o percurso de Anakin Skywalker com todo o cuidado por sabermos que ele está fadado a transformar-se no temível Darth Vader. E isso ocorre igualmente neste Planeta dos Macacos, onde assistimos ao desenvolvimento de Caesar com um olhar algo fatalista, já que sabemos perfeitamente aquilo que o futuro lhe reserva. De fato, é como se as prequels entregassem um pouco do poder narrativo ao espectador. Este já sabe o que vai acontecer e, por causa disso, sente-se quase como se tivesse um papel ativo no desenrolar da trama que os seus olhos acompanham. Tal sensação de fatalidade acaba por se afirmar como o ponto mais forte desta obra, já que capta a atenção da audiência por inteiro.
Planeta dos Macacos: A Origem não precisa brigar muito para se afirmar como uma obra de entretenimento puro e eficaz. Acima de qualquer outra coisa, é uma aventura à boa maneira de Hollywood, com efeitos especiais de alto nível (a equipe é a mesma de Avatar (2009) e esta é a primeira vez que o motion-capture é filmado em conjunto com os atores live-action e dentro de um set real, sem panos de fundo verdes ou azuis), uma trilha-sonora de Patrick Doyle empolgante, interpretações suficientemente seguras para prender o espectador à cadeira e um desenvolvimento narrativo fluido e entusiasmante. A narrativa não tem pontos mortos e até há espaço para a transmissão de uma mensagem moralista sempre oportuna (embora já um pouco gasta). Tudo fatores inerentes a um bom blockbuster de Hollywood, consumado a pensar numa faixa etária abrangente e num bolo de lucros gigantesco.
Planeta dos Macacos: A Origem apresenta-nos algumas cenas ridículas que poderiam facilmente ser evitadas (como a do macaco andando a cavalo…). E o próprio roteiro encontra-se infestado de clichês que nos fazem pensar que já assistimos a estes eventos por diversas vezes. No fim das contas, sente-se que Rupert Wyatt tenta transmitir uma mensagem relevante, criticando o modo prepotente do ser humano e refletindo sobre o lado mais negro da engenharia genética. Os macacos digitais são surpreendentes e toda a ação é filmada com senso de sobriedade e crescente narrativo. Mas ao fim de 105 minutos de película sentimos que nada de novo foi realmente alcançado, relegando esta obra para o poço dos blockbusters competentes, filmados para serem vistos na sessão da tarde.
TRAILER:
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